Com um apito no pescoço e um chocalho (ganzá) na mão, João Victor, de 4 anos, está em dúvida: ele ainda não sabe se prefere tocar o instrumento ou comandar a bateria de nossa Tom Maior. A decisão terá que ser tomada até a chegada do Carnaval 2011, quando ele terá cinco anos e poderá, finalmente, estrear na avenida.A dúvida tem uma explicação: o menino gosta do chocalho, mas admira o mestre da bateria, seu pai. João é um dos herdeiros do Carnaval paulistano, uma das crianças em treinamento para assumir funções nas escolas junto aos pais.
Filho de Carlos Alves, o mestre Carlão, o garoto está sendo preparado para seguir, literalmente, os passos do pai. Mesmo sendo muito pequeno para entrar no sambódromo (crianças só podem desfilar após os cinco anos), João treina muito e anda pela quadra como o pai.
Pela mesma preparação passou Rene Júnior, filho do intérprete de nossa Vermelho e Amarelo, Rene Sobral. Desde os quatro anos ele já cantava com o pai nos ensaios. Na época, o "Beleza, beleza, beleza", que Sobral grita na avenida, ainda era "Beieza, beieza, beieza" na voz do menino. Hoje, aos sete, ele é veterano na avenida. Mas o microfone fica mais baixinho devido a voz de criança.
É o futuro de nossa escola... é o futuro de nosso Carnaval!!!
(NA FOTO: João Victor, 4, é filho do Mestre Carlão / FOTO DE: João Wainer/Folha Imagem)
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